Renato Lucas - Foto de Rafael Moraes / Ag O Dia |
De uma coisa não podemos reclamar, voluntários e doações que mostram a cidadania de pessoas pré-dispostas a ajudar as mais necessitadas, não faltam.
É até um lamento dizer isso, se é que me entendem, mas a comoção de voluntários verdadeiramente me impressionou. Volta e meia ando pela cidade e vejo diversos postos de coleta, pessoas com camisas, levando material para cima e para baixo, debaixo de um sol escaldante que cerca o Rio de Janeiro e todas essas pessoas, com um sorriso enorme de satisfação no rosto. Falem o que quiser do brasileiro, mas a nossa "humanidade nacional" ainda continua viva, mesmo que em momentos de desespero.
A importância dada a esse momento eleva e impõe está hombridade humanitária, aposto que não foi só eu que esperava tamanha disponibilidade de tantas pessoas. Igrejas reunindo fieis, lojas e empresas reunindo funcionários, escolas e faculdades reunindo alunos, sim meus caros leitores, é impressionante.
O que tiramos de ruim disto tudo... É que em apenas extremas causas, a população é capaz de se restabelecer, doar, ajudar e apoiar. Isto em um ponto de vista numa cidadania democrática e real, é péssimo, porque se colocarmos na ponta do lápis, nossos irmãos mendigos, moradores de locais precários, doentes graves, passam durante longos e duros anos, o que as pessoas da Região Serrana sofreram recentemente.
O que tiramos de bom nisso... A humanidade ainda tem salvação, sim, somos todos egoístas por natureza e andamos com vendas para aquilo que não queremos ver, mas quando algo é realmente gritante e bate a nossa porta por clemência, sim, todos estendemos a mão para ajudar numa boa causa. Temos sangue brasileiro, um sangue que sabe o quanto lutar para ter suas coisas é difícil e pior que isto é perder tudo que se conquistou por uma chuva derradeira. Fale o que falar, mas somos caridosos quando queremos e as pessoas necessitam.
Foto de Reinaldo Marques/Terra |
Eu pré-julgo está causa muito mais importante, do que a tomada do Morro do Alemão, não venham me perguntar o porque, senão a explicação fará outro post dentro deste. Qualquer dia desses eu retomo este assunto.
Estou feliz, sim. Estou satisfeito, não. Mas fazer o que, o meu papel dentro deste blog sempre foi fazer o "meio papel" de advogado do diabo, quando na minoria das vezes eu acabo por tropeçar nos próprios pés em algumas coisas que escrevo, mas nessa situação posso repetir o que disse no fim do ano passado, escrever o que se pensa é uma enorme roleta russa!
Palmas para todos os voluntários e doadores, palmas para o Brasil.