Aquela famosa gargalhada, quando em um sopro de climax vira um total argumento para rir, afinal, quem faz a piada? Quem conta ou quem ri?
Não é de hoje que humoristas e comediantes em todo seu senso crítico e profissionalismo soltam pérolas por ai que provocam polêmica para todos os lados, mas e ai, são apenas piadas! Eu não entendo uma população que a pouco tempo criticou aos berros o famigerado Legendários por fazer o "humor do bem" e agora reclama quando o Rafinha Bastos faz uma piadoca travessa de 140 caracteres em seu twitter. Antes fosse apenas reclamar, o mesmo foi processado! Fabio Rabin, uma vez fez um stand-up no Humor da Caneca do programa do Jô sobre estudantes de Ed. Física e foi processado pelo conselho do mesmo. Danilo Gentili tem processos para dar e vender... Eu lembro de estar navegando por um dos vídeos do Danilo no YouTube onde o mesmo faz uma piada tosca com a Preta Gil e o público ri, o mesmo indaga em tom de sarcasmo "Eu filho da puta? NÃO, filha da puta vocês que riram da piada" E ele está errado?
Não se pode esperar muito de uma sociedade hipócrita, mas não querer enxergar seus próprios devaneios é abusar do senso crítico dos comediantes. A população em peso apoiou o Humor Sem Censura na época de eleição no ano passado, onde todo humorista e comediante teria livre arbítrio para falar o que bem entender dos nossos intocáveis políticos, mas de politico pode sacanear a vontade né, de mim não porra! A hipocrisia chega a ser enorme quando um especifico gênero social, ri de piadas com negros, loiras, portugueses e deficientes, mas quando é com o seu "povo" processam! Esse senso que eu não entendo, famosos intelectuais não abstraem este senso de que o humor é um outro lado, é algo a parte, algo que não se mistura, feito água e óleo, humor foi feito para se fazer ali, rir ali e ponto.
Todos nós queremos a liberdade do humor, rir é o melhor remédio, mas que façam humor com os outros!
Comigo jamais, sou integro e perfeito, abdico de humores que sejam feito com a minha classe e especie, não admito piadas sobre o meu jeito de vestir, a ritmo que eu ouço ou minha opção sexual, alias, não fale da minha raça pois eu a honro diariamente e nunca cite que sou paraplégico pois humor negro não leva ninguém a lugar nenhum, não fale das loiras pois sou casado com uma, não cite os portugueses pois tenho ancestrais em Portugal. Não fale dos cegos pois eles não podem se defender, não brinque com os Down's pois eles são "especiais", não fale de bêbado pois todos já tiveram sua noite negra e por fim não conte piadas este é o seu maior erro!
Afinal, quem faz a piada? Quem conta ou quem ri?!
3 comentários:
cara vc falou tudo nesse post, lembro-me de uma entrevista do Danilo Gentilli em que ele fala que a piada sempre vai ter um alvo. Se os comediantes forem ouvir esse pessoal que querem ser "Intocáveis", não vai mais ter piada do pontinho e será expressamente proibido piadas do joãozinho.
Excelente, muito bom!!! Estava com saudades... o tema é extremamente relevante e os comentários sugestivos para se analisar se é pertinente um piada, OU, se a piada é algo pertinente... Beijos
Pessoas publicas não querem ser alvo de piadas, mas sua exposição é inevitavel. Há sim tipos de piadas; sendo elas, piadas classificadas como "ingênuas" que são feitas atraves da utilização de jogos de palavras e os famosos "chistes tendenciosos" que possuem um lado preconceituoso ou erótico. No primeiro a piada não estaria voltada para o conteudo e sim para a surpresa de trocadilhos, na segunda o riso seria provocado pela “ aversão às diferenças ou pela zombaria de estereótipos”. Acredito que a piada seja um meio de produzir alegria e descontração e caso esse proposito seja por algum motivo distoado causando ofensas a nivel emocional o prejudicado tem sim todo o direito de se defender e se a forma de se defender for recorrer a justiça, eu acho louvavei. É terrivel admitir isso mais embora a pessoa seja publica ou não a maioria dos conflitos são resolvidos a tapa mesmo.Veja bem, não quero aqui culpar ou proteger um dos lado, mas como a famosa frase diz “ Der a César o que é de César”. Acredito piamente que quem quer que seja não admitira humilhação, preconceito, descriminação, desdenho nem de seus proximos o que dirá de um profissional que deveria estar levando alegria e não despertando magoas. Todo profissional tem suas responsabilidades enquanto atuante e o bom profissional sabe até onde pode ir.
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