A piada vem tão explicita, que chega a ser impossível avaliar propostas. Primeiro pelo pouco tempo de cada candidato, segundo pelo tom de sarcasmo e ironia dos mesmos. A palavra dita de cada um, soa tanto com arrogância e prepotência quanto a de um patrão caxias! E não se dão conta que na realidade, eles não passam apenas de nossos empregados.
Gozam de imunidade parlamentar, recebem um salário absurdo, e contam piadas no horário eleitoral. Está é a profissão político! Há exceções, em todas as regras, mas nesse caso esta difícil de achar. Talvez esse destaque, seja abafado, ou simplesmente, está pagando o preço de não seguir as "regras" políticas.
Como vamos levar isto tudo a sério? Onde os representantes levam tudo "nas coxas" e usam todo o seu improviso para cantar parodias e frases de efeito! A nossa superação sobre está seriedade deve ser levada em conta, e submetida a esse obstáculo, mas como iremos avaliar? Por aquele que conta a pior ou a melhor piada?
Está difícil, eu sei! Temos pela frente um mês para decidir, entre, presidente, governador, senadores (dois), dep. estadual e dep. federal. São seis escolhas importantes para nós, são seis escolhas aleatórias para o poder. Afinal, sai ano, entra ano, e parecemos entrar em um looping infinito, onde estacionamos na profundidade da aceitação e da "liberdade de expressão" política.
A desistência populacional, é a vitória política. O mecanismo está pronto a anos, e com isso ele usam e abusam do que querem e podem fazer conosco. Há anos e eleições tentamos dar um chega nessa grande peça de teatro, onde os humoristas somos nós, os comediantes são eles, e a platéia também somos nós. Escrevemos o nosso destino, para que eles o façam, e para que fiquemos sentados assistindo sem poder respirar.
Está na hora de parar de apenas votar. Está na hora de ser diretor, de agir e de cobrar, e não somente as minorias, todos nós! Para quem vive do "dever" e do "lazer" é bom ter consciência que piadas políticas são nossa obrigação e não nosso entretenimento.